Por Marina Lacerda
Nos anos 1960, o arquiteto Kiyonori Kikutake propôs um futuro onde as cidades poderiam coexistir com o ambiente marinho, oferecendo alternativas de expansão urbana devido à falta de terra.
Um exemplo é o projeto 'Marine City', no qual Kikutake criou megaestruturas flexíveis e modulares com torres residenciais, capazes de crescer e se transformar ao longo do tempo. Sua prática seguia a noção de shinchintaisha, que se traduz como 'renovação'.
Membro central do movimento Metabolista, Kikutake era um admirador da Biologia e desenhou diversas propostas inspiradas em nenúfares, águas-vivas e outras criaturas marinhas. Além das estruturas flutuantes, o arquiteto idealizou construções que exploravam o potencial do movimento das ondas do mar.
O Metabolismo era um grupo composto por arquitetos, urbanistas e designers com ideias utópicas para um Japão pós-guerra em rápida transformação.
Eles acreditavam na fusão entre natureza e tecnologia para uma nova prática arquitetônica, na qual as cidades e suas formas eram concebidas como organismos vivos, em constante adaptação ao ambiente, atendendo às necessidades das sociedades futuras.
Outros projetos do grupo também exploraram essas relações entre elementos fixos e temporários, como o ‘Plano para a Baía de Tóquio’, de Kenzo Tange, e ‘Cidade Flutuante’, de Kisho Kurokawa.
Os metabolistas serão tema de uma das aulas do curso que começa em setembro.
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• Curso: Paisagens emprestadas: a relação entre arquitetura e natureza no Japão
• Professor: Marina Lacerda | @maplacerda
• Realização: @momonoki_jp
• Quando: 4, 11, 18 e 25 de setembro de 2024, às quartas-feiras, das 20:00 às 22:00 (horário de Brasília)
• Formato: 4 aulas ao vivo pelo Zoom, que serão gravadas e ficarão disponíveis aos alunos por 1 semana
• Valor: R$ 297,00 (em até 12x com juros) ou 7800 ienes
• Inscrições: momonoki.byinti.com (link na bio)
• Emitimos certificado
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